A Comissão Europeia adiou para dezembro a definição das novas metas de redução de emissões da União Europeia para 2030. Os líderes da UE passaram a semana passada discutindo a possibilidade de elevar o corte de 40% para 55% com relação aos níveis de 1990, mas a resistência dos países do Leste Europeu foi determinante para o adiamento.
De acordo com o portal POLITICO, existe um consenso quanto à necessidade de se modificar a meta da UE para 2030, alinhando-a com o objetivo de neutralização das emissões de carbono do bloco até 2050. No entanto, países como Polônia e República Tcheca, que dependem do carvão para geração de energia, insistem em uma meta mais baixa, além de mais recursos para acelerar a transição energética para o carbono zero.
Já Euractiv destacou a preocupação dos líderes da UE em assegurar que as novas metas serão cumpridas “coletivamente” dentro do bloco, o que em tese permitiria que alguns países ultrapassassem a meta se outros a cumprissem mais cedo.
Enquanto aguardam a definição da nova meta da UE, analistas refazem suas previsões de preços para o mercado de carbono europeu, com expectativa de que os novos objetivos de redução de emissões para 2030 impulsionem o preço das licenças nos próximos anos. Segundo a Reuters, eles esperam que o preço atinja uma média de 37,86 euros a tonelada em 2021 e 41,61 euros em 2022, o que representaria um aumento de 18,2% e 31,3% respectivamente, em relação às previsões feitas em julho passado.
ClimaInfo, 19 de outubro 2020.
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