Um grupo de investidores influentes está pedindo aos reguladores do mercado financeiro do Reino Unido que tornem obrigatória a divulgação de relatórios corporativos de riscos climáticos por parte das quase 500 empresas listadas na bolsa de valores de Londres (FTSE). A medida é mais um esforço de atores importantes do setor para pressionar o poder público e a iniciativa privada em torno de mais transparência sobre a exposição dos negócios aos efeitos da mudança do clima.
De acordo com o The Guardian, a maior parte das empresas do índice FTSE 100 afirma estar implementando as recomendações da Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras relacionadas ao Clima (TCFD, em inglês), mas o grupo de investidores argumenta que pouco mais da metade publica relatórios que incluem as quatro categorias principais (governança climática, estratégia, gestão de risco e métricas e metas). Para eles, a divulgação dessas informações permitirá que os investidores avaliem o risco climático de maneira eficaz em suas decisões de investimento, além de dar insumos para que eles apoiem e acompanhem as empresas na transição para modelos de negócio mais sustentáveis. Já a Reuters informou que o Banco da Inglaterra está considerando tornar obrigatória a divulgação de relatórios sobre risco climático, mas ainda se debruça sobre as regras gerais para que isso aconteça.
Em tempo: Segundo a consultoria PwC, investimentos com critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) deverão ganhar cada vez mais espaço no mercado financeiro, com projeção de que eles representarão quase 60% dos ativos de fundos mútuos em 2025, o que equivale a US$ 8,9 trilhões. O levantamento identificou também que 77% dos principais investidores institucionais analisados afirmaram que desejam parar de comprar produtos não-ESG nos próximos dois anos. Bloomberg deu mais detalhes.
ClimaInfo, 20 de outubro 2020.
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