Salles nomeia advogada de ruralistas para direção de áreas protegidas

Salles
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Para “passar a boiada” é necessário ter vaqueiros confiáveis. Salles que o diga: o ministro nomeou para a chefia do departamento de áreas protegidas do ministério do meio ambiente a advogada Laura Andrea Chinaglia Abbá, com ligações públicas e notórias com os interesses do agronegócio.

No UOL, Rubens Valente mostrou que, a despeito de não ter uma vírgula sobre gestão de áreas protegidas no currículo, Abbá é entusiasta de uma das principais bandeiras da gestão Bolsonaro na seara ambiental – a regularização fundiária, que Salles e Cia. defendem apaixonadamente como “solução” para o problema do desmatamento ilegal.

Enquanto isso, a conduta “boiadeira” do governo Bolsonaro no meio ambiente motivou uma declaração realista do ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). “O Brasil tem uma relação muito estranha com a aplicação de lei. Gostamos das leis que são poéticas, mas no momento em que começam a ser aplicadas, se atingirem interesses econômicos e políticos poderosos, de repente elas viram uma lei má, desatualizada, demodê, que precisa ser mudada”, disse ele, citado pela Folha.

Para bom entendedor, meia patada basta.

Em tempo: A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação O Quinto Ato, que investiga um esquema de corrupção associado à liberação da licença ambiental para a instalação do Porto Pontal Paraná, terminal portuário privado localizado em Pontal do Paraná (PR). De acordo com a investigação, o esquema envolveu o pagamento de vantagens indevidas para atores políticos entre 2014 e 2015. Um dos alvos da ação é o ex-presidente e senador Fernando Collor (AL).

A Agência Brasil deu mais detalhes.

 

ClimaInfo, 22 de outubro 2020.

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