Ambientalistas criticam proposta “cosmética” para redução de emissões do transporte marítimo

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Mesmo com pressão de ambientalistas e de alguns governos, negociadores da Organização Marítima Internacional (IMO) definiram um plano de ação mais flexível para se reduzir as emissões de gases de efeito estufa do setor de transporte marítimo. Segundo os críticos, a proposta pode colocar em risco as metas climáticas do Acordo de Paris.

Em 2018, a IMO estabeleceu como objetivo reduzir as emissões decorrentes do transporte marítimo global em 40% até 2030 em relação aos níveis de 2008. Na semana passada, um grupo de trabalho se debruçou sobre mudanças jurídicas e um plano de ação para viabilizar a redução. Entretanto, a proposta finalizada na 6ª feira (23/10) não define obrigações e ações de curto prazo que permitam uma redução efetiva das emissões do setor. Para ambientalistas, o texto ainda dá margem para que as emissões subam ao longo da próxima década, ao invés de cair.

Em nota, organizações ambientalistas criticaram a IMO, que estaria atentando contra sua própria meta climática e o Acordo de Paris, e sugeriram que, à luz desse fracasso, os países assumam o protagonismo da condução do esforço de descarbonização do transporte marítimo, incluindo o setor em seus planos climáticos nacionais. A proposta seguirá para votação do comitê de proteção ao meio marinho da IMO no mês que vem.

Business Green, Forbes e Guardian repercutiram essas críticas.

 

ClimaInfo, 26 de outubro 2020.

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