O aumento da taxa de contágio e do número de casos de COVID-19 nos EUA e na Europa colocou o mercado internacional do petróleo em alerta. O preço do barril Brent fechou outubro a US$ 37,46, o 2º mês consecutivo de queda. A preocupação dos produtores é que, com a retomada de medidas de distanciamento social, a demanda volte a cair nesses mercados, repetindo o cenário catastrófico vivido pelo setor no 1º semestre. A persistência da pandemia também prejudica as perspectivas de recuperação do consumo global de petróleo e pressiona os principais produtores globais a buscar medidas para conter uma nova queda acentuada dos preços nos próximos meses. Outro ponto que joga incerteza sobre o futuro do setor é o resultado das eleições norte-americanas, que acontecem nesta 3ª feira.
Em tempo 1: A petroleira norueguesa Equinor anunciou ontem (2/11) que pretende descarbonizar suas operações até 2050, incluindo a neutralização das emissões da produção e do consumo final de petróleo e gás. O anúncio foi feito pelo novo CEO da companhia, Anders Opedal, que afirmou que a empresa pretende expandir seus negócios em geração eólica e investir em projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS). Pelas projeções da Equinor, a produção de óleo e gás deve crescer em média 3% ao ano no período 2019-2026, sendo que a perspectiva é que a demanda caia de maneira consistente de 2027-2030 em diante. Reuters deu mais informações.
Em tempo 2: De acordo com The Guardian, a petroleira norte-americana ExxonMobil alertou a seus investidores que pode reduzir o valor de seus ativos de xisto nos EUA em até US$ 30 bilhões, em virtude da queda acentuada nos preços globais de energia. A companhia fechou em setembro seu 3º trimestre seguido de prejuízo, com perdas de US$ 680 milhões – um contraste tremendo com o mesmo período em 2019, quando ela lucrou US$ 3,2 bilhões.
ClimaInfo, 3 de novembro 2020.
Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.
