Estudo analisa efeitos da crise climática nos padrões de migração e urbanização na África subsaariana

migrações climáticas

Uma pesquisa recente do Instituto de Pesquisa de Impacto Climático de Potsdam (Alemanha), publicada na Nature Climate Change, fez um levantamento abrangente, analisando 30 estudos em nível nacional, identificando os fatores por trás das migrações doméstica e internacional e sistematizando os pontos críticos onde a questão climática (eventos climáticos extremos e mudanças nos padrões meteorológicos) provavelmente exercem uma forte influência na decisão migratória.  De acordo com o estudo, a África subsaariana se destaca entre as regiões mais suscetíveis a movimentos migratórios relacionados com fatores climáticos e ambientais. A maior parte da migração acontece dentro dos países, de uma região para a outra, com um movimento significativo de áreas rurais para urbanas. Isso tem servido como combustível para a explosão do crescimento demográfico nas cidades da região. Localidades como Dar es Salaam (Tanzânia), Kampala (Uganda), Abuja (Nigéria), Ouagadougou (Burkina Faso) e Bamako (Mali) devem dobrar de tamanho até 2035. Com cidades maiores e mais populosas, problemas de infraestrutura básica devem ganham ainda mais peso nas próximas décadas.

Os autores destacaram as principais conclusões do estudo na The Conversation.

 

ClimaInfo, 4 de novembro 2020.

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