Tabu da rastreabilidade do gado começa a ser quebrado

16 de novembro de 2020

A má notícia: 80% da floresta brasileira destruída em 2018 virou pastagem para abastecer os supermercados do país, apesar de acordos públicos que o setor assinou prometendo eliminar o desmatamento ilegal de suas cadeias produtivas.

A boa notícia: reduzir substancialmente o problema não requer novas tecnologias ou grandes somas de dinheiro. Um conjunto de ferramentas que já utilizado no Brasil pode ser a chave para o controle do desmatamento na Floresta Amazônica causado pela pecuária. A lista inclui informações publicamente disponíveis sobre o desmatamento gerado por dados de satélite do INPE; a “lista suja” de trabalho escravo; registro de multas e embargos do Ibama; limites de propriedades privadas e dados de obrigações de conservação incluídos no Cadastro Ambiental Rural (CAR); e os dados de transporte de gado entre fazendas registrados pelo Animal Transport Guides (GTA).

Os grandes frigoríficos parecem já ter percebido que a rastreabilidade é viável ou, no mínimo, necessária para acalmar os investidores estrangeiros, que estão procurando maneiras de se desfazer de ativos sujeitos a riscos reputacionais e climáticos. Este ano, em diferentes datas e com diferentes planos, Marfrig, JBS e Minerva – os três maiores frigoríficos brasileiros – anunciaram aumento de controle sobre suas cadeias de suprimentos. O Mongabay traz extensa matéria a respeito, com riqueza de informações.

Em tempo: Como já comentamos mesmo antes do fechamento dos dados do mês passado, outubro de 2020 bateu todos os recordes de alerta de desmatamento na Amazônia, encerrando a sequência de quatro meses de queda em relação a 2019. G1 trouxe todos os números do período.

 

ClimaInfo, 16 de novembro 2020.

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