Nomeações de Salles desrespeitaram decreto de seu chefe

Salles
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O alerta vem da Associação Nacional de Servidores da Carreira de Especialista de Meio Ambiente (Ascema Nacional): o loteamento militar promovido por Salles no ministério do meio ambiente não atende às exigências do decreto 9.727 do presidente Jair Bolsonaro.

Como André Borges conta no Estadão, este decreto estabelecia a exigência de critérios mínimos de experiências profissional e acadêmica. O objetivo alegado era prestigiar a “meritocracia” ao invés do apadrinhamento político no governo. Salles, porém, fez o oposto: auditoria do TCU concluiu que nenhum dos oito militares que ocupam postos estratégicos teria condições de assumi-los. Procurado pelo Estadão, Salles preferiu tuitar falando em CGU, ao invés de TCU.

A Ascema Nacional afirma que “este e outros processos de irregularidades corroboram com denúncias já feitas e publicadas pela Ascema desde o início deste governo Bolsonaro e da gestão de Ricardo Salles. Entendemos que o projeto de fusão do Ibama com o ICMBio, a retirada de brigadistas de campos que atuam contra o fogo nos biomas e entre outras ações, são parte de uma estratégia para potencializar a degradação ambiental.”

Aliás, a discussão sobre a possível fusão Ibama/ICMBio segue a todo vapor: já foram 6 reuniões desde que o Grupo de Trabalho foi instituído, em 2 de outubro. Salles estipulou 120 dias para a conclusão do trabalho mas, como O Eco ressalta, esse prazo deverá ser cumprido com folga, a julgar pelo ritmo dos encontros.

 

ClimaInfo, 17 de novembro 2020.

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