O novo planejamento estratégico da Petrobras para os próximos quatro anos puxou para baixo a previsão de produção de petróleo para 2021: ao invés dos 2,9 milhões de barris equivalentes diários estimados há um ano, agora a estatal projeta uma produção diária de 2,75 milhões de barris. Para 2024, a meta caiu de 3,5 milhões de barris diários para 3,3 milhões, mesmo volume estimado para o ano seguinte.
A decisão foi motivada por um conjunto de fatores que comprometem o mercado de petróleo no Brasil e no mundo, em particular os baixos preços internacionais do produto e a perspectiva de recuperação lenta da demanda global pós-pandemia. Em termos de investimentos, a Petrobras prevê cerca de US$ 55 bilhões até 2025, montante US$ 20 bilhões menor que o estimado pelo plano anterior, referentes ao período 2020-2024. O foco dos investimentos seguirá sendo atividades de exploração e produção de petróleo, com 84% do total previsto. Infomoney, Reuters e Valor duscitiram o anúncio da Petrobras.
Em tempo: O Valor comentou a confusão causada pela falta de uma diretriz oficial sobre recolhimento de tributos (PIS e COFINS) sobre compra e venda dos Créditos de Descarbonização (CBios), do Programa RenovaBio. Um dos motivos desse problema é a natureza peculiar do CBio, que não foi caracterizado como um ativo financeiro nem como um produto do objetivo final dos produtores de biocombustíveis, mas sim como um “ativo ambiental”, uma figura jurídica inexistente até então. Teme-se que essa indefinição acabe resultando em autuações por parte da Receita Federal, o que pode levar a questão para a Justiça.
ClimaInfo, 27 de novembro 2020.
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