Em um ano marcado por incêndios históricos no Pantanal e aumento significativo das queimadas na Amazônia, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal achou por bem condecorar Ricardo Salles com a Comenda da Ordem do Mérito Imperador D. Pedro II, como reconhecimento pelos “notáveis serviços” prestados à sociedade.
O mesmo Salles passou meses tergiversando sobre a responsabilidade do governo federal em relação à explosão de queimadas no Pantanal, eximindo-se de qualquer culpa por falta de planejamento e prevenção e chegando ao cúmulo de culpar projetos de preservação florestal no bioma como responsáveis por retirar o “boi bombeiro” da região.
Os militares têm sido instrumentais no aparelhamento do ministério do meio ambiente e de suas autarquias sob a gestão de Salles. Dezenas de oficiais de corporações como a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, além das Forças Armadas, foram indicados para cargos de chefia no Ibama e no ICMBio. O caso mais recente foi a nomeação do tenente-coronel da PM paulista, Wagner Tadeu Matiota, para chefiar a área responsável por autuações ambientais no Ibama. De acordo com o Estadão, Matiota não passou pelo crivo do presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, sendo indicação direta do diretor de planejamento, administração e logística, Luis Carlos Hiromi Nagao, braço-direito de Salles no órgão.
O Eco também noticiou a nomeação.
ClimaInfo, 10 de dezembro 2020.
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