Recorde de desastres climáticos na Ásia-Pacífico empurram milhões para “breaking point”

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Em um ano com recorde de desastres climáticos, milhões de pessoas foram afetadas na Ásia-Pacífico, dificultando ainda mais esforços humanitários para ajuda e resgate. De acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, em inglês), a região foi palco de 24 crises humanitárias relacionadas ao clima em 2020, acima das 18 registradas no ano passado. Esse aumento foi impulsionado não apenas pela pandemia, mas também por uma das temporadas mais ativas de tempestades tropicais no Sudeste Asiático, uma das áreas mais vulneráveis do planeta – e que foi, de longe, a que recebeu mais esforços de agências humanitárias ao longo deste ano, com 31 milhões de pessoas afetadas apenas nas Filipinas e no Vietnã. Outro país que recebeu ajuda neste ano foi Bangladesh, país devastado pelo megaciclone Amphan em maio passado. A Reuters deu mais detalhes.

A IFRC também destacou a situação da América Central, que também foi bastante afetada por tempestades e furacões em 2020. No mês passado, os furacões Eta e Iota causaram destruição na região, afetando mais de 7,5 milhões de pessoas. Neste momento, a entidade mantém operações de ajuda em sete países – Colômbia, Belize, Costa Rica, Panamá, Guatemala, Nicarágua e Honduras.

Em tempo: O ciclone Yasa atingiu Fiji, no Pacífico, na noite desta 5ª feira (17/12). Com ventos de 250 km/h, a tempestade atingiu a principal ilha do país, Vanua Levu, passando perto da ilha de Viti Levu, onde fica a capital Suwa. No Twitter, o primeiro-ministro Frank Bainimarama alertou que mais de 850 mil pessoas (95% da população de Fiji) estavam na rota de Yasa, pedindo a todos que buscassem abrigo contra a tempestade. Além do grande volume de chuva e dos fortes ventos, outro temor eram as ondas, que chegaram a alcançar 16 metros de altura. Até a madrugada desta 6ª feira (18/12), ainda não havia informações sobre vítimas.

 

ClimaInfo, 18 de dezembro 2020.

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