Aviação e crise climática: será que aeronaves mais eficientes darão conta do recado?

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As principais fabricantes de aviões do mundo estão em uma corrida contra o tempo para desenvolver novos modelos de aeronaves que permitam diminuir a pegada de carbono da aviação civil e garantir a sobrevivência do setor no médio prazo, em meio às pressões pela descarbonização da economia global em meados deste século.

A BBC News destacou experimentos que vêm sendo conduzidos por gigantes como Airbus e Boeing, além de centros tecnológicos europeus, que estão redesenhando não apenas a tecnologia das aeronaves, mas também seu layout. Alguns desses experimentos, como o Maveric da Airbus e o Flying-V da Universidade de Tecnologia de Delft (Países Baixos), buscam abandonar a ideia da fuselagem convencional em prol de um modelo “misto”, no qual o corpo da aeronave se transforma nas próprias asas de sustentação, permitindo assim o transporte de passageiros e cargas dentro das asas. O objetivo é ter aeronaves mais eficientes no consumo de combustível.

Menos ambiciosa, a Boeing vem estudando há alguns anos uma adaptação nas aeronaves tradicionais: a asa com suporte em treliça transônica, que permitiria diminuir o peso das asas e, assim, reduzir o consumo de combustível.

No entanto, no meio dessas inovações potenciais, a grande interrogação está no combustível. O sonho da indústria aérea – e das companhias de aviação civil – é usar o hidrogênio verde como alternativa ao combustível de aviação tradicional. O problema é que, por ora, essa ideia está mais no campo dos sonhos do que no da realidade, e a pandemia pode dificultar ainda mais a superação desse desafio.

 

ClimaInfo, 11 de janeiro de 2021.

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