Mesmo sem análises ambientais, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) realizou ontem (3/2) o leilão de dois blocos de exploração de petróleo em áreas sensíveis para a diversidade biológica marinha do litoral brasileiro. Na Folha, Ana Carolina Amaral mostrou a opinião de especialistas, que condenaram a ação e destacaram os impactos potenciais da atividade petroleira nessas regiões. Um dos blocos leiloados se encontra na bacia Potiguar, próxima ao Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE); já o outro se localiza na bacia Pelotas, próxima à costa dos estados de SC e RS.
A operação foi autorizada a partir de uma manifestação conjunta dos ministérios de minas e energia e do meio ambiente, com o argumento de que “a ausência das avaliações ambientais” das áreas em questão “não compromete os aspectos de proteção ambiental e segurança operacional”. No entanto, análises técnicas preliminares do Ibama e do ICMBio apontaram para riscos potenciais da exploração de petróleo, ressaltando que “tanto as atividades exploratórias quanto um eventual acidente podem trazer danos irreparáveis à diversidade biológica desses ecossistemas”.
Em tempo: Jovens do movimento Fridays For Future Brasil foram excluídos do evento virtual em poucos minutos por portarem cartazes com a hashtag #LeilãoFóssilNão.
ClimaInfo, 4 de fevereiro de 2021.
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