Intensidade do carbono cai na China, mas aposta em carvão pode dificultar metas climáticas

2 de março de 2021

Nos últimos cinco anos, a China conseguiu diminuir a intensidade do carbono – ou seja, a quantidade de emissões de CO2 por unidade do PIB – em 18,8%, confirmou ontem (2/3) o governo do país. Segundo a Reuters, o valor é superior à meta definida para esse período, de 18%, e foi celebrada por Pequim como um indicativo do esforço que vem sendo feito nos últimos tempos para reduzir a poluição em suas cidades, bem como do compromisso de descarbonização que o país anunciou até 2060.

No entanto, como destacou o Climate Home, os motivos para otimismo climático nos próximos cinco anos na China são limitados. Isso porque o governo chinês flexibilizou as restrições e impulsionou projetos energéticos de carvão como parte do processo de retomada econômica pós-pandemia em 2020, o que se refletiu em um aumento do consumo de energia no ano passado, apesar dos problemas causados no começo do ano pela COVID-19. Pequim deve anunciar até a próxima 6ª feira (5/3) o novo plano quinquenal de desenvolvimento econômico do país e o grande ponto de interrogação é se e como o governo chinês conseguirá equilibrar os compromissos climáticos mais ambiciosos com as medidas imediatas pró-carvão.

Falando em carvão, o secretário-geral da ONU, António Guterres, voltou a defender que os países desenvolvidos eliminem o uso de carvão até 2030, como parte do esforço global para conter a mudança do clima e implementar o Acordo de Paris. “Eliminar gradualmente o carvão do setor elétrico é o passo mais importante para se alinhar com a meta de 1,5°C”, disse Guterres. Guardian e Reuters repercutiram essa fala.

 

ClimaInfo, 3 de março de 2021.

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