Pará e Mato Grosso encabeçam estados que mais perderam vegetação florestal desde 2000, aponta IBGE

IBGE perda vegetação florestal

O IBGE divulgou ontem (17/3) os primeiros dados do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra desagregados por estados brasileiros entre 2000 e 2018. De acordo com o levantamento, Pará e Mato Grosso registraram as maiores perdas de cobertura florestal neste período, com redução de 116.086 km2 (11,5% do território) e 71.253 km2 (17%), respectivamente. Os dois estados também experimentaram uma expansão das áreas dedicadas a atividades agropecuárias: a região de pastagem cresceu 83.400 km2 no PA e 45.449 km2 no MT. Já as áreas agrícolas tiveram maior expansão no Mato Grosso (50.616 km2) e em São Paulo (22.290 km2).

Em termos regionais, os estados do Norte registraram uma interiorização crescente da ocupação territorial, com forte crescimento de áreas de pastagem sobre a vegetação florestal. Já no Centro-Oeste, os terrenos para atividade agropecuária avançaram sobre áreas de vegetação florestal e campestre; algumas das áreas transformadas em pasto acabaram sendo utilizadas posteriormente para atividade agrícola e silvicultura. No Nordeste, o levantamento apontou para a expansão de áreas de “mosaicos campestres”, com a multiplicação de pequenas propriedades rurais com múltiplos usos, especialmente na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Por fim, no Sudeste e no Sul, a mudança do uso da terra aconteceu também em áreas já antropizadas (modificadas pelo homem). Agência Brasil, Estadão e Valor repercutiram os dados do IBGE.

Em tempo: O Mato Grosso registrou um aumento de 60% na área de exploração madeireira, segundo levantamento feito pelo Instituto Centro de Vida (ICV). Em 2019, 457 mil hectares de floresta nativa estavam sendo explorados no estado, contra 268 mil hectares em 2017. Do total mapeado nesse período, 168 mil hectares (37%) foram explorados de maneira ilegal, sem autorização do poder público estadual e/ou além da área autorizada. O Valor deu mais detalhes.

 

ClimaInfo, 18 de março de 2021.

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