Armazenar muito vento segue sendo um desafio tecnológico

baterias Li-íon

Para descarbonizar a matriz elétrica global, será preciso um salto tecnológico de armazenamento. As atuais baterias de Li-íon alimentam desde nossos pequenos eletrônicos, como celulares, até configurações que alimentam redes elétricas quando não há suficiente vento ou sol. Nas grandes configurações atuais, elas garantem de minutos a horas de fornecimento. Isso é o suficiente para garantir falhas de rede ou, se bem planejadas, garantir o suprimento até que o sol volte a brilhar. Mas para segurar uma carga grande durante as 24 horas de um dia, o custo atual desses sistemas baseados em lítio é proibitivo. Nos últimos 30 anos, o preço das baterias de Li-íon caiu 97%, segundo um estudo recente da Yale. Segundo uma matéria publicada na Bloomberg, as pesquisas tecnológicas estão deixando o lítio de lado e buscando outras configurações e composições que permitem multiplicar várias vezes a densidade de energia e garantam uma partida muito rápida. A matéria também comenta uma pesquisa que acaba de sair na Nature onde foram simuladas várias condições operacionais usando doze alternativas de garantir a energia firme em redes de grande porte. Entre as doze, eles simularam térmicas fósseis, hidrelétricas e até usinas nucleares. O resultado foi que sistemas de baterias de longa duração podem chegar a custar 40% mais barato para uma rede de emissão zero.

 

ClimaInfo, 31 de março de 2021.

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