Depois de queda na pandemia, emissões globais de carbono podem crescer em ritmo histórico em 2021, alerta IEA

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Uma análise da Agência Internacional de Energia divulgada na semana passada mostrou que o mundo pode testemunhar em 2021 a segunda maior alta anual das emissões de carbono, com a normalização dos países após a vacinação e a retomada total das atividades econômicas. O aumento previsto pela IEA para este ano é de 5%, o que levaria as emissões globais do setor de energia a totalizarem cerca de 33 bilhões de toneladas de CO2, 1,5 bilhão acima do registrado no ano passado. Esse pico ainda seria inferior àquele observado em 2010, quando as emissões subiram 6% em todo o planeta, resultado dos estímulos econômicos aplicados depois da crise financeira internacional de 2008-2009.  A IEA sugere que as emissões totalizadas em 2021 ficarão um pouco abaixo dos níveis de 2019, mas sob uma forte trajetória ascendente. Isso pode ser um obstáculo tremendo para os esforços globais contra a mudança do clima: para limitar o aquecimento do planeta em 1,5°C neste século, conforme definido no Acordo de Paris, os países precisam reduzir suas emissões de energia em 45% nesta década. Al-Jazeera, BBC, Financial Times, Guardian e Reuters, entre outros, repercutiram os dados da IEA. CNN Brasil e Época Negócios trataram dessa notícia na imprensa nacional.

Em tempo: Um grupo de mais de 100 laureados pelo Prêmio Nobel divulgou na semana passada um manifesto pedindo aos governos do mundo um tratado de não-proliferação de combustíveis fósseis para acelerar a transição energética global e facilitar o desenvolvimento e a adoção de fontes renováveis de energia. “A mudança climática está ameaçando centenas de milhões de vidas, meios de subsistência em todos os continentes e está colocando em risco milhares de espécies”, afirmam os signatários do manifesto – entre eles, o Dalai Lama. “A queima de combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás – é de longe o principal contribuinte”. CNN e Guardian deram mais detalhes.

 

ClimaInfo, 28 de abril de 2021.

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