100 dias de Biden nos EUA e a revitalização da agenda climática global

29 de abril de 2021

Nesta 5ª feira (29/4), Joe Biden celebrou a marca tradicional dos primeiros 100 dias de governo com uma mensagem bastante simples para os EUA e o mundo: agir contra a mudança do clima é gerar empregos e renda. Essa foi uma das frases de seu discurso para o Congresso norte-americano, realizado na noite anterior em um Capitólio ainda esvaziado por causa da pandemia.

Leda Balbino fez um balanço interessante dos primeiros 100 dias de Biden para a CNN Brasil, destacando como o discurso e a prática da nova Casa Branca nos últimos meses reposicionaram os EUA no tabuleiro internacional do clima e redobraram a pressão sobre outros países – em particular, o Brasil do negacionista Bolsonaro – dentro dessa agenda. Julia Fonteles fez uma análise similar no Poder360, com uma linha do tempo das interações entre os EUA e o Brasil na questão climática desde a posse de Biden até a Cúpula Climática do último dia 22. Falando em Brasil, Jamil Chade ressaltou no UOL o isolamento vivido por Bolsonaro, órfão de sua maior inspiração política e aliado internacional nos primeiros anos de governo.

Já nos EUA, o balanço da questão climática nesses 100 dias de governo privilegia a mudança contundente no conteúdo e na forma da política norte-americana para o clima entre a gestão anterior e a nova. Financial Times e Wall Street Journal destacaram que, diferentemente de outros presidentes democratas, Biden segue um discurso ambicioso, com propostas abrangentes e metas agressivas. Ao mesmo tempo, as promessas de uma gestão bipartidária não se concretizaram; considerando a divisão política dentro do Congresso, isso coloca em xeque até que ponto a Casa Branca será capaz de empreender essa agenda climática ambiciosa nos EUA. A Reuters também analisou as dificuldades políticas que seguem no caminho de Biden.

Um ensaio de resposta a esse obstáculo político em Washington foi dado no próprio discurso de Biden: associar a ação climática com a geração de empregos e renda em um contexto de retomada econômica pós-pandemia. Forbes, Guardian, Grist e Scientific American abordaram esse recorte e o potencial que ele tem em destravar a polarização partidária na questão climática nos EUA.

 

ClimaInfo, 30 de abril de 2021.

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