Ação rápida para reduzir emissões de metano pode conter aquecimento em até 30%, aponta estudo

Metano

Uma análise publicada na revista Environmental Research Letters calculou o impacto potencial de ações rápidas para redução das emissões de metano sobre a temperatura média da Terra. Segundo os autores, a aplicação massiva de tecnologias já existentes pode reduzir a liberação desse potente gás de efeito estufa pela metade até 2030, o que permitiria diminuir a expectativa de aquecimento do planeta em 30%. Isso pode ser um passo decisivo para que a humanidade consiga conter o aumento da temperatura dentro dos limites definidos pelo Acordo de Paris – no máximo, 2oC em comparação com os níveis pré-industriais. O Washington Post deu mais informações.

Ao mesmo tempo, o NY Times antecipou dados de um relatório inédito da ONU sobre as emissões globais de metano, que apontam para a necessidade de se priorizar esse gás nos esforços de mitigação no curto prazo. Segundo o jornal, o relatório destaca a importância da indústria fóssil para reduzir as emissões de metano, através de ações simples e de baixo custo que podem diminuir os vazamentos dele na exploração de petróleo e gás natural. Aliás, falando em gás natural, o documento ressalta que, a menos que a tecnologia para captura e armazenamento de carbono avance de maneira substancial, a expansão do uso desse combustível fóssil é incompatível com as metas do Acordo de Paris.

Ainda sobre o metano, o Climate Home mostrou a preocupação do governo da Rússia com o impacto dele no aquecimento do planeta – uma rara demonstração de preocupação climática por parte de Moscou. Durante a Cúpula Climática, Vladimir Putin ressaltou esse ponto e pediu esforços de cooperação internacional para avançar com o monitoramento dos vazamentos globais de metano. Além de ser a maior produtora mundial deste gás, a Rússia também convive com problemas de vazamento em sua infraestrutura de exploração e transporte de petróleo e gás natural.

 

ClimaInfo, 29 de abril de 2021.

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