Calor intenso pode prejudicar atletas nas Olimpíadas de Tóquio, alertam especialistas

Olimpíadas Tókio

A combinação de calor e umidade podem ser fatais para os participantes da Olimpíada deste ano, que será realizada em Tóquio, entre 23 de julho e 8 de agosto, usualmente o período mais quente do ano. A temperatura média anual em Tóquio aumentou 2,86oC desde 1900, três vezes mais do que a média global.

A BASIS (sigla em inglês da Associação Britânica para o Esporte Sustentável) publicou um estudo alertando para os riscos a atletas dos esportes mais expostos. A combinação de temperaturas altas e umidade do ar elevada reduz a capacidade do corpo humano de eliminar seu próprio calor. Mesmo evitando os limites de tolerância, a performance dos atletas é afetada e, assim, podem surgir resultados inesperados. Como diz Russell Seymour, diretor da BASIS, “os atletas podem correr contra o tempo e uns contra os outros, mas não se pode esperar que vençam as mudanças climáticas.”

O estudo foi comentado por Bloomberg, BBC e CNN internacional. A CNN Brasil publicou uma tradução desta última.

Em tempo: A saúde mental está piorando com a crise climática. A taxa de suicídio aumenta com as ondas de calor, milhões sofrem os traumas de eventos extremos como inundações, incêndios florestais e furacões e a insegurança alimentar faz disparar depressões e stress. Um briefing publicado pela Imperial College e o Grantham Institute analisa os impactos e dá recomendações a formuladores de políticas. O The Guardian e a Reuters comentaram sobre o trabalho.

 

ClimaInfo, 27 de maio de 2021.

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