IEA: países em desenvolvimento precisam de mais investimentos em energia renovável

IEA países pobres

Evitar as emissões da geração de eletricidade em países emergentes e em desenvolvimento custa cerca de metade do que em países desenvolvidos. Isso porque suas matrizes precisam continuar expandindo para atender comunidades não conectadas às redes ou que não têm condições de pagar as tarifas. A entrada das renováveis mais baratas substituem menos fósseis do que nos países ricos. Pelo mesmo motivo, equipamentos mais eficientes também entram no mercado deslocando uma quantidade menor de similares mais antigos e menos eficientes. Esta é uma das constatações importantes de um relatório conjunto da IEA (Agência Internacional de Energia), WEF (Fórum Econômico Mundial) e o Banco Mundial. Para que esta expansão ocorra nas velocidade e amplitude necessárias para que os países cumpram metas de neutralidade climática (net-zero), esses países precisam de apoio financeiro para bancar a transição. O relatório estima que o investimento, que no ano passado somou US$ 150 bilhões, precisa aumentar 7 vezes e passar de US$ 1 trilhão até o final da década. Fatih Birol, o diretor executivo da IEA, avisou que “os países não estão começando essa jornada do mesmo lugar – muitos não têm acesso aos fundos necessários para uma transição rápida para um futuro energético mais saudável e próspero – e os efeitos prejudiciais da crise COVID-19 estão durando mais tempo em muitas partes do mundo em desenvolvimento”. O Financial Times, Reuters e o The Independent comentaram o trabalho.

 

ClimaInfo, 10 de junho de 2021.

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