Estudo destaca oportunidades econômicas com restauração florestal da Mata Atlântica

Mata Atlântica restauração

No Valor, Daniela Chiaretti destacou dados de um estudo recente da Agroicone sobre os caminhos e as possibilidades para uma estratégia de restauração florestal em escala de paisagem na Mata Atlântica, o que reduziria custos e abriria oportunidades econômicas. O estudo considerou uma combinação de fontes de financiamento público e de organizações nacionais e internacionais para viabilizar essa estratégia. Uma das conclusões é que uma ação coordenada entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil trará maior articulação com produtores rurais e maior viabilidade aos projetos.

A pesquisa analisou as condições em três grandes áreas de Mata Atlântica com mais vegetação nativa preservada – o Mosaico de Áreas Protegidas do Extremo Sul da Bahia (BA), o Mosaico de Unidades de Conservação da Mata Atlântica Central Fluminense (RJ) e o Mosaico Lagamar (SP/PR). Nas regiões analisadas, a possibilidade da restauração em escala de paisagem permitiria a redução de custos de assistência técnica e compra de insumos, além de facilitar a geração de renda, segurança alimentar e restauração ecológica.

Em tempo: O Globo Rural citou dados de um estudo do Instituto Escolhas com a Iniciativa TEEBAgriFood (PNUMA) sobre os impactos da urbanização na oferta de água potável na região metropolitana de São Paulo. Entre 1985 e 2019, o avanço da mancha urbana causou uma redução de 17 mil litros por segundo no volume de água disponível para a capital paulista e seu entorno, um número que permitiria o abastecimento de 4 milhões de residências por um ano. Além da urbanização, a intensificação do desmatamento na região também contribui para reduzir a oferta de água. Com a expectativa de aumento na demanda e as condições críticas dos reservatórios, o abastecimento poderá ser cada vez mais instável.

 

ClimaInfo, 11 de junho de 2021.

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