Chegada do verão e forte onda de calor colocam EUA em atenção

EUA onda de calor Costa-Oeste

Os dias que antecederam à chegada do verão nos EUA foram dramáticos em boa parte do país. Ao Guardian, a cientista Kathleen Johnson, da Universidade da Califórnia em Irvine, disse que o país pode estar enfrentando neste momento “a pior seca em 1,2 mil anos”. Com a estiagem e a onda de calor, a situação de muitos estados na porção ocidental dos EUA é delicada.

O Guardian mostrou o apuro das pessoas em Las Vegas, no estado de Nevada, com as altas temperaturas dos últimos dias. Os termômetros ficaram próximos dos recordes históricos da cidade, na casa dos 46°C, com a sensação de calor persistindo à noite. Para os turistas que começam a retomar as calçadas da cidade depois da pandemia, o sol inclemente e o calor tornam qualquer caminhada ao ar livre uma experiência infernal.

No Arizona, a situação é parecida. Caminhadas sob o sol são proibitivas em qualquer horário. As crianças, que acabaram de entrar de férias, não podem sair de casa por causa do calor e do risco de insolação. Pior para quem não tem um teto: eles são os mais vulneráveis ao calor, que chegou a atingir 48°C na última 4ª feira. A Associated Press deu mais detalhes.

Já na Califórnia, os agricultores sofrem com aquela que já é a pior seca desde 1977 no estado. “Literalmente não há água”, lamentou um deles à Reuters. O risco de desabastecimento de alimentos básicos é grande, o que pode aprofundar os efeitos econômicos negativos da pandemia na Costa Oeste dos EUA. Outros estados do cinturão agrícola norte-americano, como Iowa, Minnesota e Dakotas do Norte e do Sul, também sofrem com a seca severa e a ameaça de perdas na produção.

A chegada do verão, no entanto, desperta outras preocupações. O sistema elétrico em estados como Califórnia e Texas já sofre com o aumento da demanda de energia para equipamentos de refrigeração e resfriamento e com os efeitos do calor na rede de distribuição. Ao mesmo tempo, a geração hidrelétrica também está comprometida por causa dos níveis reduzidos dos reservatórios.

CNN, NY Times e Washington Post também repercutiram o impacto do calor nos EUA.

 

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ClimaInfo, 22 de junho de 2021.

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