O Ministério Público do Tribunal de Contas da União (MPTCU) voltou a pedir o afastamento de Ricardo Salles do ministério do meio ambiente. Em pedido assinado ontem pelo procurador Lucas Furtado, o MPTCU elencou novas informações que apontariam para novas ações ilegais cometidas pelo ministro e por um de seus auxiliares, o diretor de proteção ambiental do IBAMA, Olímpio Ferreira Magalhães, que teriam favorecido uma empresa no processo de contratação de helicópteros para operações de fiscalização ambiental. A empresa Helisul teria pedido a Salles uma mudança no processo de licitação que favoreceria a proposta dela, o que foi feito pela direção do IBAMA. UOL e Valor deram mais detalhes.
Enquanto isso, as encrencas judiciais de Salles estão complicando os planos do ministro para as eleições de 2022. De acordo com Bela Megale n’O Globo, Salles pretende se filiar ao PP, partido expoente do Centrão fisiológico aliado de Bolsonaro, para se candidatar a deputado federal no ano que vem. As conversas foram paralisadas logo após a Operação Akuanduba, que investiga a participação do ministro em um esquema de facilitação ao contrabando de madeira ilegal da Amazônia, e o futuro delas depende do resultado final das investigações. Falando em investigações, a Folha noticiou que Salles não informou aos agentes da Polícia Federal a senha de acesso ao aparelho celular dele, entregue com atraso pelo ministro. Com mandado de apreensão emitido no dia 19 de maio, Salles entregou o aparelho apenas no último dia 07.
Em tempo: Com menos de três meses no cargo, a advogada Helen de Freitas Cavalcante foi exonerada por Salles da superintendência do IBAMA no Acre. A exoneração foi publicada no Diário Oficial na última 6ª feira (19/6). Cavalcante tinha sido indicada em março passado e protagonizou polêmicas antes mesmo de sua nomeação: como advogada, ela atuou na defesa de infratores ambientais e postava nas redes sociais “dicas” para evitar autuações ambientais pelo IBAMA.
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ClimaInfo, 22 de junho de 2021.
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