Depois de décadas de guerra, a República Democrática do Congo sofre com catástrofes climáticas

No Guardian, o jornalista Vava Tampa destacou os apuros vividos pela população da República Democrática do Congo nos últimos meses, depois do país sofrer uma sequência de tempestades e chuvas torrenciais que causaram inundações e deslizamentos de terra na região do Lago Tanganica. As chuvas mataram até agora pelo menos 13 pessoas e destruíram mais de 4,2 mil residências. A região é uma das mais vulneráveis em um país que convive com crises políticas e guerras civis há mais de 30 anos.

“Inundações e tempestades em um país tropical como a RDC são naturais. O problema é que tempestades e enchentes excepcionais batendo metros de altura, que costumavam ocorrer uma vez por década, agora são eventos frequentes”, escreveu Tampa. “À medida que as temperaturas globais aumentam, as chuvas torrenciais ficam mais frequentes e ocorrem mesmo durante a estação seca, enquanto o desmatamento – subproduto da pobreza e da violência – está afetando todo o ecossistema da bacia do Congo com enchentes e erosão”.

Em tempo: Dono da segunda maior área de floresta do mundo, o Gabão se prepara para lançar um novo programa de captação de recursos no exterior para pagar proprietários de terra pela preservação da vegetação nativa. A primeira injeção de recursos aconteceu nesta semana, com a entrega de US$ 17 milhões pela Iniciativa Florestal da África Central (CAFI), apoiada pela ONU. O pagamento foi atrelado à redução no desmatamento, obtida pelo Gabão nos últimos anos. Pelo acordo, caso consiga manter o desmatamento em queda, o país poderá receber outros R$ 150 milhões nos próximos anos. BBC e Bloomberg repercutiram essa notícia.

 

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ClimaInfo, 24 de junho de 2021.

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