A percepção dos brasileiros sobre a crise climática

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O Programa de Comunicação da Universidade de Yale (EUA) para Mudança do Clima divulgou um estudo internacional inédito que revela as impressões e percepções da população sobre a crise climática em 30 países – entre eles, o Brasil.

Por aqui, a pesquisa foi encomendada pelo Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio) e realizada pelo IBOPE, com a participação de 2,6 mil entrevistados em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Ela analisou tanto a opinião dos entrevistados sobre a mudança do clima como também o delineamento do perfil socioeconômico dos participantes.

Os dados são contundentes no Brasil: 80% dos participantes se declararam muito preocupados com o meio ambiente e com o aquecimento global; 92% consideraram que o aquecimento global está acontecendo; e 77% responsabilizam a humanidade por esse processo. Ao mesmo tempo, no entanto, o grau de conscientização sobre essa questão não é o mesmo em termos de grupos sociais e localidades geográficas. Para analisar essa discrepância, a pesquisa montou um Índice de Sensibilidade às Mudanças Climáticas, baseado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com médias entre 0 (muito sensível) e 1 (insensível).

Roraima, Tocantins e Rondônia foram os estados que apresentaram os valores mais altos de insensibilidade ao tema climático. Na outra ponta, o Distrito Federal foi a unidade federativa na qual a população se mostrou mais sensível à questão. Em termos sociais, as classes mais pobres (C1, C2 e DE) registraram níveis de sensibilidade mais significativos do que aquelas mais ricas (A, B1 e B2). Nesse ponto, o posicionamento político-partidário interfere na percepção do brasileiro: pessoas que se autodeclararam à esquerda são mais sensíveis do que as que se declararam à direita ou centro.

O Eco destacou os dados gerais da pesquisa.

 

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ClimaInfo, 29 de junho de 2021.

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