A ciência climática experimentou avanços substanciais nas últimas décadas, o que permitiu à humanidade ter uma noção mais clara de seu impacto sobre o clima global. Para o futuro, a expectativa é de que esse progresso científico continue, especialmente no que diz respeito à atribuição de eventos climáticos extremos ao aquecimento global – e isso pode ser um game change para a litigância climática.
Um estudo publicado na revista Nature Climate Change concluiu que a capacidade crescente dos cientistas de vincular as emissões a danos específicos causados pelas mudanças do clima pode fornecer mais evidências em ações judiciais contra a indústria fóssil. Por ora, os casos judiciais ainda carecem desse tipo de argumentação: a pesquisa analisou 73 casos de litígio climático contra poluidores em 14 jurisdições, e a maior parte deles não quantificou até que ponto a mudança climática foi responsável pelos eventos climáticos que afetaram os reclamantes. Um número ainda menor forneceu evidências quantitativas ligando as emissões dos réus aos impactos climáticos em questão. Em geral, os casos alegaram ligação entre determinado episódio e a mudança do clima, mas sem fornecer evidências científicas de atribuição.
DeSmog e Guardian destacaram os principais pontos da pesquisa.
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ClimaInfo, 29 de junho de 2021.
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