Emissões de metano são maiores do que o medido pela agência ambiental americana

Emissões de metano

As emissões de metano nos EUA medidas pela EPA (Agência de Proteção Ambiental) estão subestimadas, de acordo com um número cada vez maior de pesquisas científicas. Estas emissões vêm, principalmente, de vazamentos nos poços e dutos de transporte de petróleo e gás, além do arroto de ruminantes.

O trabalho mais recente, publicado na JGRA (Journal of Geophysical Research: Atmospheres), é resultado de 3 anos de sobrevoos medindo as emissões de etano que também escapam da exploração de petróleo e gás, mas que não são produzidas por animais. As medições de etano deram um valor médio 70% acima do que seria esperado a partir dos dados da EPA, o que significa que a quantidade de metano vazada para atmosfera é pelo menos 50% maior do que o registrado pela Agência. A Science Daily publicou um resumo do trabalho.

A situação na Europa é semelhante. A CATF (sigla em inglês de Força Tarefa de Ar Limpo) documentou vazamentos na infraestrutura de petróleo e gás em 7 países: Alemanha, Itália, Áustria, Hungria, Romênia, Polônia e República Checa. James Turitto, membro da força tarefa, comentou que se trata de uma crise enorme e sub-regulada. “Ficamos chocados com o quão pervasivas são as emissões de metano em toda a Europa […] o que [nos] faz perguntar: por que empresas e reguladores nacionais ainda não estão cuidando disso?”.

A matéria da Climate Change News cita um relatório recente da IEA (Agência Internacional de Energia), o qual afirma que a tecnologia disponível atualmente seria capaz de cortar 75% dessas emissões até o final da década. A Reuters também comentou o trabalho da CATF.

 

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ClimaInfo, 29 de junho de 2021.

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