NASA: oscilação da órbita lunar pode aumentar risco de avanço do mar em áreas costeiras na década de 2030

órbita lunar elevação dos oceanos

Além do degelo das calotas polares, o nível dos mares pode subir mais na próxima década devido a mudanças na órbita lunar, concluiu um grupo de cientistas da agência espacial norte-americana (NASA) em estudo publicado na semana passada na revista Nature Climate Change.

A órbita da Lua ao redor da Terra segue ciclos regulares de oscilação, em períodos que duram pouco mais de 18 anos. Essas mudanças também afetam as marés terrestres, já que a atração gravitacional da Lua é a principal responsável pelas marés. De acordo com os cientistas, a junção de uma nova amplificação do ciclo lunar e a intensificação do degelo nos pólos terrestres, causada pela mudança do clima, pode fazer com que as regiões costeiras enfrentem risco de enchentes maiores e mais frequentes na década de 2030.

O estudo analisou 89 locais de medição de maré nos EUA e, a partir de modelos climáticos e cálculos sobre os efeitos da mudança na órbita lunar, concluiu que determinados pontos da costa leste do país poderão enfrentar enchentes a cada um ou dois dias, a depender da posição da Terra, da Lua e do Sol. “A combinação da atração gravitacional da Lua, o aumento dos níveis do mar e a mudança climática continuarão a aumentar as enchentes em nossas costas e em outras regiões do mundo”, destacou o chefe da Nasa, Bill Nelson.

CBS News, Reuters e Washington Post repercutiram a análise. CNN Brasil, UOL Tilt e Um Só Planeta também deram mais detalhes.

 

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ClimaInfo, 19 de julho de 2021.

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