Agricultores e economistas fazem os cálculos do impacto do frio na produção e nos preços dos alimentos

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Enquanto os termômetros baixam às proximidades do zero grau, agricultores se esforçam para minimizar o prejuízo potencial do frio na lavoura. O G1 mostrou como alguns deles estão se preparando para o frio. Por exemplo, os produtores de café no Paraná decidiram enterrar os pés mais novos. Já a colheita de hortaliças foi antecipada e o produto conservado em câmara fria. As plantas mais novas foram cobertas com lona para evitar exposição à geada.

O Valor destacou estimativas da Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo (FAESP) apontando para um dano de 10% a 20% nos cafezais do estado decorrentes das geadas da semana passada. Os danos foram maiores nas lavouras novas de café, mas mesmo as plantações mais maduras também tiveram problemas. Com o frio desta semana, os produtores já garantem que a safra terá rendimento e qualidade menores. Outras culturas, como milho e trigo, também devem ter problemas com o frio dos próximos dias, de acordo com a Conab.

E como não falta azar ao Brasil nos últimos tempos, o efeito do frio sobre a produção pode puxar ainda mais a inflação no próximo mês por causa dos impactos na produção de alimentos in natura.

Economistas ouvidos pelo Valor alertaram para a possibilidade de uma alta da ordem de 1% na alimentação dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15).

No Sul, o frio mais forte pode trazer problemas para a conservação das araucárias. O G1 destacou dados de uma pesquisa recente de cientistas brasileiros, argentinos e chilenos que mostrou que eventos de frio extremo afetam o crescimento e podem representar uma ameaça climática à espécie. O G1 deu mais informações.

 

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ClimaInfo, 29 de julho de 2021.

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