China e Índia perdem prazo para apresentar novas metas climáticas antes da COP26

COP26 China e Índia

Faltando três meses para a abertura da próxima Conferência da ONU sobre o Clima (COP26), os sinais dados por alguns dos maiores emissores globais de carbono não são animadores. Países como Índia e China perderam o prazo definido pela Convenção da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para apresentar seus planos climáticos nacionais revisados, com metas de redução de emissões para 2030.

Dos 190 países que fazem parte do Acordo de Paris, 110 conseguiram revisar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), a maior parte composta por nações em desenvolvimento e mais vulneráveis aos efeitos da mudança do clima.

Outros países, como África do Sul e Arábia Saudita, também não apresentaram suas NDCs revisadas até 31 de julho. Uma análise preliminar da UNFCCC sobre os novos planos também não dá margem a entusiasmo: no agregado, as NDCs revisadas estão “longe de ser satisfatórias” em termos de redução de emissões de carbono para a próxima década.

Em declaração pública, a secretária-executiva da UNFCCC, Patricia Espinosa, pediu mais ambição e compromisso dos países para ampliar os cortes de emissões de carbono, oferecer recursos adicionais para financiamento climático e acelerar a transição energética e a descarbonização da economia global até 2050: “Os esforços coletivos estão muito aquém do que é exigido pela ciência para limitar um aumento da temperatura global até o final do século em 2oC, quanto mais o objetivo desejado de menos de 1,5°C.”

Associated Press, Climate Home, Deutsche Welle e Reuters repercutiram a notícia.

Em tempo: O futuro presidente da COP26, Alok Sharma, visitará o Brasil nesta semana para reforçar a articulação política em torno do encontro de novembro em Glasgow. De acordo com a EFE, a Amazônia é item prioritário na agenda de Sharma, que também visitará a Bolívia. Além de conversas com lideranças políticas, o britânico também prevê reuniões com comunidades indígenas e representantes de organizações da sociedade civil e da juventude nos dois países.

 

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ClimaInfo, 2 de agosto de 2021.

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