Um estudo internacional revelou que mesmo um período relativamente curto em locais de alta concentração de poluição atmosférica é suficiente para expor motoristas e passageiros a doses significativas de material particulado perigoso que pode causar danos à saúde humana. A análise comparou dados de poluição e impacto da exposição de pessoas a partículas inaláveis finas com diâmetro menor do que 2,5 milionésimos de metro (MP2,5) em dez cidades de todo o mundo, incluindo São Paulo.
As cidades com maior relação entre tempo de exposição e inalação de poluentes foram Guangzhou (China) e Adis Abeba (Etiópia): nessas localidades, as pessoas inalaram mais da metade (entre 54% e 56%) da quantidade total de MP2,5 em menos de um 1/3 do tempo de rota (26%-28%). Em São Paulo, 35% da inalação desse tipo de partícula aconteceu em 17% do tempo de rota (aproximadamente oito minutos). Em termos de mortalidade, Dar-es-Salaam (Tanzânia), Blantyre (Malawi) e Daca (Bangladesh) apresentaram as maiores taxas – respectivamente, 2,46 óbitos por 100 mil passageiros ao ano, 1,11 e 1,1. Os menores índices de mortalidade foram registrados em São Paulo (0,1), na colombiana Medellín (0,07) e na iraquiana Suleimânia (0,02).
A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do projeto Clean Air Engineering for Cities (CArE-Cities), da Universidade de Surrey (Reino Unido), e os resultados foram publicados na revista Environment International. A Agência FAPESP destacou os principais pontos do estudo.
ClimaInfo, 27 de agosto de 2021.
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