Contagem regressiva para a COP26: o que o mundo precisa fazer nos próximos dois meses

COP26 segurança

Faltando dois meses para o começo da próxima Conferência da ONU sobre o Clima (COP26), o panorama diplomático e político global ainda é marcado pela incerteza sobre as condições para a realização do encontro e seus resultados potenciais. Na Bloomberg, Jess Shankleman destacou a via-crucis do futuro presidente da COP, Alok Sharma, que segue visitando diversos países para “medir a temperatura” dos diferentes governos e de suas pretensões para o encontro em Glasgow no mês de novembro. Uma das incertezas está na posição dos dois maiores emissores de carbono no mundo – Estados Unidos e China. Nesta semana, o enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, visitará Pequim com o objetivo de alinhar expectativas e convencer esse governo a se comprometer com metas climáticas mais ambiciosas antes da COP26. A conversa promete ser bastante complicada: além das tensões políticas entre os dois países, o governo de Xi Jinping tem reforçado que não pretende apresentar novos compromissos climáticos e que a preocupação está na implementação das obrigações e responsabilidades já assumidas pelo país. Associated Press, Bloomberg e Reuters deram mais informações.

Enquanto isso, os policiais de Glasgow já estão se preparando para proteger as autoridades que visitarão a cidade e responder a eventuais manifestações públicas durante a COP26. De acordo com o governo escocês, cerca de 10 mil policiais serão destacados a cada dia durante a Conferência, uma das maiores operações de policiamento já realizadas no Reino Unido. BBC e Guardian destacaram essa preparação.

Ainda sobre a Escócia, a ativista Greta Thunberg deu um “puxão de orelhas” daqueles no governo local. Em entrevista à BBC, Greta disse não considerar a Escócia uma liderança mundial em mudança do clima, a despeito da aprovação recente de uma nova legislação climática para o país, elogiada pela secretária-executiva da UNFCCC, Patrícia Espinosa, como “inspiradora”. Além disso, Greta disse que sua participação na COP26 “não está 100% certa”, o que depende das condições impostas pela ONU e pelo Reino Unido para a entrada e participação de representantes de nações em desenvolvimento.

 

ClimaInfo, de setembro de 2021.

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