Ainda que não tenha causado prejuízos nas proporções do Katrina em 2005, o furacão Ida assustou os norte-americanos e trouxe preocupação adicional às autoridades e aos cientistas sobre o potencial de dano de tempestades cada vez mais fortes. Além da força dos ventos, o volume da precipitação surpreendeu: mesmo avançando continente adentro, a tempestade pode despejar até 25 centímetros acumulados de chuvas na região do Meio-Atlântico, na costa nordeste dos EUA. Mais de 80 milhões de pessoas estavam sob alerta de chuva e enchentes nos EUA nesta 3ª feira (31/8), a maior parte associada ao Ida. Bloomberg e NY Times destacaram as análises de especialistas sobre a relação entre as chuvas mais intensas e o aquecimento das águas no Golfo do México, onde o Ida se formou. Já o NY Times destacou o impacto da tempestade nas 17 refinarias de petróleo na Louisiana, que respondem por quase ⅕ da capacidade dos EUA de processamento de óleo. Além da paralisação dessas plantas, o risco de vazamento tóxico também preocupa. A Bloomberg informou que demorará semanas para que as áreas de exploração onshore voltem a operar, o que pode causar instabilidade nos preços internacionais do petróleo. Em Nova Orleans, uma das cidades mais afetadas, mais de um milhão de residências e estabelecimentos comerciais seguem sem energia elétrica e sem previsão para o restabelecimento do serviço. Pelo menos quatro pessoas foram mortas em virtude da tempestade, incluindo uma pessoa atacada por um crocodilo. Bloomberg, Guardian e Reuters deram mais informações.
ClimaInfo, 1º de setembro de 2021.
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