OMM: pandemia não retardou avanço da crise climática e emissões precisam cair o quanto antes

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A pandemia de COVID-19 que assola o mundo há mais de um ano e meio não impediu que a crise climática se intensificasse no período. Com as emissões de carbono voltando a crescer após a fase mais aguda das restrições sanitárias, o mundo pode estar perdendo a última grande chance de reverter a situação e iniciar uma trajetória de reduções substanciais e contínuas dessas emissões. O alerta foi dado pelo relatório United in Science 2021, publicado nesta 5ª feira (16/9) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e por outras agências da ONU.

Ondas de calor, tempestades, estiagens e outros eventos climáticos extremos se intensificaram no último ano. A temperatura média global segue no patamar mais alto já registrado, acima do 1°C em relação aos níveis pré-industriais, e a tendência é que, nos próximos cinco anos, ela supere a meta de 1,5°C. Se isso se confirmar, os países terão fracassado no primeiro grande objetivo do Acordo de Paris.

O caminho para reverter este cenário ainda é viável, mas precisamos começar a trilhá-lo agora, sem mais demora. “Estamos significativamente atrasados para cumprir as metas do Acordo de Paris”, alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres. “A menos que haja reduções imediatas, rápidas e em grande escala nas emissões de gases de efeito estufa, limitar o aquecimento a 1,5°C será impossível, com consequências catastróficas para as pessoas e o planeta do qual dependemos”.

Associated Press, Deutsche Welle, El País, Reuters e RFI repercutiram o relatório. A ONU News também destacou a notícia.

 

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ClimaInfo, 17 de setembro de 2021.

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