Os pequenos países insulares do Pacífico são exemplo frequente na hora de discutir os impactos existenciais da crise climática – afinal, são áreas que podem literalmente desaparecer do mapa nas próximas décadas por causa do aumento do nível do mar, causado pelo aquecimento global.
Os representantes dessas nações, no entanto, têm a sensação de viver um “Dia da Marmota” nas COPs, presos em um ciclo de alertas, lamentos e pouca ajuda dos países mais ricos.
“Nós nos recusamos a ser os proverbiais canários na mina de carvão do mundo, como somos frequentemente chamados”, disse o primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama, durante evento organizado pelo Climate Reality Project. Bainimarama, quem presidiu a COP23 (2017) em Bonn, pediu às demais nações do Pacífico que não permitam que os líderes mundiais “saiam da COP26 de Glasgow sem fazer um compromisso sério” para conter a mudança do clima.
Um dos alvos das pequenas nações insulares do Pacífico é a vizinha Austrália, um dos poucos países desenvolvidos que até agora não apresentaram novos compromissos de ação climática sob o Acordo de Paris. Os australianos também se recusam, ao menos por ora, a se comprometer com a meta de neutralidade do carbono até 2050.
ABC Australia, Guardian e Sydney Morning Post repercutiram as cobranças dos pequenos países insulares às nações desenvolvidas.
ClimaInfo, 7 de outubro de 2021.
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