Rumo à COP26: nações insulares no Pacífico não querem ser “o canário na mina de carvão” da crise climática

COP26 nações insulares

Os pequenos países insulares do Pacífico são exemplo frequente na hora de discutir os impactos existenciais da crise climática – afinal, são áreas que podem literalmente desaparecer do mapa nas próximas décadas por causa do aumento do nível do mar, causado pelo aquecimento global.

Os representantes dessas nações, no entanto, têm a sensação de viver um “Dia da Marmota” nas COPs, presos em um ciclo de alertas, lamentos e pouca ajuda dos países mais ricos.

“Nós nos recusamos a ser os proverbiais canários na mina de carvão do mundo, como somos frequentemente chamados”, disse o primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama, durante evento organizado pelo Climate Reality Project. Bainimarama, quem presidiu a COP23 (2017) em Bonn, pediu às demais nações do Pacífico que não permitam que os líderes mundiais “saiam da COP26 de Glasgow sem fazer um compromisso sério” para conter a mudança do clima.

Um dos alvos das pequenas nações insulares do Pacífico é a vizinha Austrália, um dos poucos países desenvolvidos que até agora não apresentaram novos compromissos de ação climática sob o Acordo de Paris. Os australianos também se recusam, ao menos por ora, a se comprometer com a meta de neutralidade do carbono até 2050.

ABC Australia, Guardian e Sydney Morning Post repercutiram as cobranças dos pequenos países insulares às nações desenvolvidas.

 

ClimaInfo, 7 de outubro de 2021.

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