Para produzir hidrogênio, é preciso água e muita eletricidade. Para ele ser chamado de “verde”, a eletricidade precisa vir de fontes limpas. Com o potencial de geração a partir de eólicas e plantas fotovoltaicas, o Nordeste é um candidato natural para ser um forte centro produtor. Ainda mais sendo a região mais próxima dos EUA e da Europa, potenciais mercados compradores. Victor Uchôa, no Diálogo Chino, fez uma bela matéria sobre o hidrogênio verde e o potencial do Nordeste de se tornar um polo produtor e exportador. O hidrogênio é a aposta de muita gente para substituir os combustíveis fósseis no transporte, na indústria e em países onde a geração fóssil é relevante.
Em tempo 1: A CNN diz que as distribuidoras de eletricidade estão esperando uma medida provisória que liberaria empréstimos da ordem de R$ 15 bilhões para cobrir os custos com a geração termelétrica. A matéria traz o comentário de Clauber Leite, do IDEC, dizendo que a conta – das termelétricas e do pleiteado empréstimo – será, como sempre, paga pelo consumidor. Desta vez, aumentada porque as empresas que podem, migram para o mercado livre e deixam a conta exatamente alta para aquele que não tem para onde correr.
Em tempo 2: A crise hídrica que puxou a alta dos preços da energia elétrica este ano está levando o setor e empresas a procurarem alternativas. Só este ano, segundo o Valor, o sistema elétrico comprou US$ 2 bilhões em eletricidade da Argentina e do Uruguai, 20% a mais do que na média dos anos anteriores. Até este ano, as importações cobriam principalmente uma escassez de água no sul do país. Outro efeito da tarifa alta é a procura por aumentos de eficiência energética ou, como produzir usando menos eletricidade. O Globo destaca a demanda por consultorias especializadas e, quando possível, pelas comercializadoras que operam no mercado livre.
ClimaInfo, 23 de novembro de 2021.
Clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.
