Caminho para o Brasil escapar de “protecionismo ambiental” no comércio é um só: proteger a floresta

desmatamento Amazônia

Enquanto o Brasil choraminga por causa das novas restrições propostas pela União Europeia contra commodities agrícolas associadas ao desmatamento, o país poderia estar aproveitando o momento para se beneficiar de seus diferenciais competitivos e impulsionar uma economia verde e descarbonizada, em linha com as demandas e as preocupações climáticas do mundo.

No Valor, Ediane Tiago conversou com especialistas em comércio exterior e clima para destrinchar as oportunidades que o movimento ESG abre para o Brasil – e como o descontrole do desmatamento pode colocar tudo a perder. Mas a questão não se resume a isso: os atores econômicos no Brasil precisam avançar em outros pontos importantes nessa agenda, como transparência na governança e nos negócios, engajamento das cadeias de valor e cooperação com o poder público e a sociedade civil, na busca por soluções inovadoras e escaláveis.

Por falar em oportunidades, Luciana Dyniewicz destacou no Estadão como o diesel verde e o querosene renovável viraram “queridinhos” da indústria de biocombustíveis no Brasil. A expectativa de aumento de demanda por combustíveis de baixo carbono para caminhões, carros e aviões é vista como a grande chance para um setor combalido por crises na última década se reerguer e ganhar mercado dentro e fora do país.

Em tempo: “Se o Brasil quer ser competitivo em economia de baixo carbono, terá de acabar com o desmatamento ilegal, que é mais de 95% do total no país”, observou a ex-ministra Izabella Teixeira ao Poder360. “Como vilão, o Brasil está exposto a sanções. Essa é a praga de se pensar em curto prazo”. Na conversa, Teixeira também criticou a decisão do ministério do meio ambiente de pedir a retirada de tramitação do PL 528/2021, que pretende regular o mercado de carbono no Brasil.

 

ClimaInfo, de dezembro de 2021.

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