Depois da geoengenharia, as Academias de Ciências norte-americanas querem mexer nos oceanos

oceanos captura carbono

Os oceanos são os principais removedores de CO2 da atmosfera e cobrem 70% da superfície do planeta. Assim, a ciência norte-americana está propondo gastar US$ 1 bilhão nos próximos 10 anos para tentar descobrir como aumentar esta remoção e acelerar a calcificação do gás. As Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina definem seis grandes linhas de pesquisa:

– fertilizar as águas com ferro, fósforo e nitrogênio para promover a produção de fitoplânctons;

– usar bombas para inverter as camadas de águas mais quentes na superfície com as mais frias do fundo;

– cultivar algas;

– recuperar oceanos e ecossistemas costeiros;

– aumentar a alcalinidade das águas para reduzir sua acidez; e

– abordagens eletroquímicas: dar choque nas águas para aumentar sua capacidade de armazenamento de CO2.

Assim como as pesquisas da geoengenharia, os riscos deste tipo de intervenção são desconhecidos, ainda mais na escala necessária para limitar o aquecimento global. E, assim como acontece com as ideias de geoengenharia, parte da mídia é atraída por esses delírios. O artigo foi comentado na AP, Reuters, Washington Post e na Axios.

 

ClimaInfo, 9 de dezembro de 2021.

Clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.