Para não perderem seus slots, empresas aéreas vêm realizando voos em aviões com metade ou menos da ocupação. Um dos ativos mais importantes para a aviação são os tais slots, o direito de pousar e decolar em um dado aeroporto em dias e horários determinados. A batalha por slots nos grandes aeroportos é ferrenha e, até o momento, a regra obriga as empresas a um certo grau de ocupação destes, sob pena de perda do direito. Na Europa, por exemplo, antes da pandemia, uma empresa precisava ocupar 80% dos slots.
Segundo o Financial Times, a Lufthansa manteve quase 20 mil voos dentro da Europa para não perder seus slots. Com baixa ocupação, estes vôo- fantasma têm um forte impacto climático sem ao menos o benefício de transportar passageiros. A informação foi descrita por Bloomberg, Independent, RF1, Euronews, Reuters e New York Times. Este último informa que os grandes aeroportos de Nova York e Washington têm uma política de slots semelhante à dos europeus.
A Fortune trouxe o comentário do CEO da Ryanair, líder em voos de baixo custo, que gostaria de abocanhar muitos desses slots. “A Lufthansa deveria vender os assentos destes a tarifas baixas para recompensar os contribuintes alemães e europeus que a subsidiaram com bilhões de euros durante a crise da COVID”.
Em tempo: A gigante da navegação internacional Maersk anunciou um aumento importante na sua ambição climática: se comprometeu a atingir o net zero em 2040, dez anos antes do compromisso anterior. Parte da aposta da empresa são navios movidos a metanol e amônia. O resto virá do aumento de eficiência das novas embarcações. Ela também assumiu o compromisso de reduzir em 50% suas emissões até 2030. Hoje, a empresa emite entre 40 e 50 milhões de toneladas de carbono por ano. A notícia saiu na Bloomberg, na Reuters e no Financial Times.
ClimaInfo, 14 de janeiro de 2022.
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