Um grupo reunindo 69 dos maiores proprietários de ativos do mundo declarou nesta 3ª feira (25/1) que pretende reduzir à metade as emissões de carbono de seus portfólios de investimento até 2030. Juntos, esses investidores administram carteiras de investimentos que somam US$ 10,4 trilhões.
O grupo foi criticado por organizações ambientalistas por não ter anunciado o corte de investimentos no setor de petróleo e gás, segundo informa o Financial Times. Em contrapartida, os investidores anunciaram a decisão coletiva de não mais financiar novas plantas de carvão.
A ideia de reduzir a intensidade de carbono da carteira de investimentos coloca na mira, além do capital para infraestrutura com uso intensivo de carbono, setores como agricultura e a indústria química. Ao todo, 14 segmentos terão de reduzir suas emissões se quiserem continuar recebendo investimentos.
Entre os mais ambiciosos na operação-tesoura anunciada pelo grupo Net-Zero Asset Owner Alliance estão a segurada Aviva e a resseguradora Swiss Re. Esta última tem contabilizado há mais de uma década o aumento dos custos globais decorrentes de eventos climáticos extremos. As duas, junto com o gestor de fundos de pensão CDPQ, se comprometeram a reduzir as emissões de suas carteiras entre 49% e 65% nos próximos oito anos, tendo 2020 como linha de base.
Como parte do compromisso, os membros do grupo publicarão metas provisórias em um ciclo de cinco anos, de acordo com a Reuters. O relatório com as medidas integra a segunda edição do Target Setting Protocol (TSP2), elaborado no âmbito da ONU.
ClimaInfo, 26 de janeiro de 2022.
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