Do metano lançado à atmosfera pela cadeia de produção de petróleo e gás natural, cerca de 12% vieram de vazamentos de apenas 1.200 ultraemissores devidamente identificados em um trabalho que acaba de sair na Science.
Os autores sugerem que “a mitigação dos ultraemissores é facilmente alcançável a custo baixo e resultaria em benefícios líquidos robustos em bilhões de dólares americanos para os seis principais países produtores de O&G ao considerar os custos sociais do metano.” A Science Daily deu seu habitual condensado do artigo.
A Economist conta um caso desses. Em fevereiro de 2018, um poço de gás no estado norte-americano de Ohio explodiu, lançando chamas e fuligem às alturas. O fogo foi extinto em pouco tempo, embora o poço tenha vazado durante 3 semanas, até que a válvula principal fosse reparada. Estima-se que vazaram 58 mil toneladas de metano, mais do que a maioria dos países europeus emite do gás em um ano.
Os maiores vazamentos estão concentrados no Texas, no entorno da península Árabe, na Criméia, na Ásia Central, na fronteira entre a Índia e Bangladesh e em torno das metrópoles do sul da China. O mapa desses ultraemissores pode ser visto aqui.
O g1 traduziu uma matéria da BBC a respeito. O Washington Post destacou o custo baixo de evitar essas emissões. A Bloomberg também deu a notícia.
ClimaInfo, 7 de fevereiro de 2022.
Clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.