Incêndios florestais aumentarão em 30% até 2050 em todo o mundo, alerta ONU

incêndios florestais

Na medida em que a temperatura da atmosfera sobe, aumenta a quantidade, a intensidade e a área atingida por incêndios florestais, prevê novo relatório do PNUMA. Até a metade do século, devem acontecer incêndios até no Ártico, como o que ocorreu na Groenlândia em 2019, porque o gelo está dando lugar à vegetação em um ambiente em geral seco.

O relatório também chama a atenção para o aquecimento global produzir mais incêndios que, por sua vez, aquecem duplamente a atmosfera – pelo calor e pelo CO2 emitido.

Talvez a constatação mais importante do relatório seja a de que nenhum país está preparado para os incêndios que virão pela frente. Os governos “estão muitas vezes colocando dinheiro no lugar errado. Os trabalhadores dos serviços de emergência e bombeiros nas linhas de frente que estão arriscando suas vidas para combater os incêndios florestais precisam ser apoiados”, conta Inger Andersen, diretora executiva do PNUMA no release do trabalho. “Temos que minimizar o risco de incêndios extremos, estando melhor preparados: investir mais na redução do risco de incêndio, trabalhar com as comunidades locais e fortalecer o compromisso global de combater a mudança climática”.

Se esse aviso faz sentido frente aos incêndios na costa oeste da América do Norte e ao longo da costa do Mediterrâneo, aqui, a principal ação deveria ser simplesmente fazer valer a lei e acabar com as queimadas.

A Agência Brasil comentou o trabalho, lembrando das queimadas que tanto destruíram o Pantanal em 2020. Vale ver as matérias de New York Times, Washington Post, CNN, Guardian, AP, BBC e Reuters.

 

ClimaInfo, 24 de fevereiro de 2022.

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