Acordo global pode ser a última chance para proteger a vida nos oceanos

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Nesta semana, a ONU retomou as negociações em torno de um novo tratado global para os oceanos. A proposta prevê a criação de uma estrutura legal para proteger a biodiversidade e governar o alto-mar e é vista como a última grande chance da humanidade reverter o quadro atual de degradação ambiental nos oceanos.

No Guardian, Karen McVeigh destacou a opinião de cientistas envolvidos na discussão, ressaltando a preocupação destes com a falta de um marco regulatório internacional que impeça atividades com alto potencial de dano ambiental, como a mineração no fundo do mar, além da pesca predatória em águas internacionais.

“É difícil exagerar o quanto essas conversas são cruciais para a economia global dos oceanos, que vale vários trilhões de dólares, é uma fonte vital de alimentos para bilhões de pessoas e talvez seja a melhor proteção que o planeta tem contra a mudança climática”, observou Peggy Kalas, da High Seas Alliance.

Na Foreign Policy, Rosie Julin também reforçou a importância que um eventual tratado poderá ter para proteger a vida nos oceanos. “Atualmente, as áreas marinhas protegidas abrangem pouco mais de 7% dos oceanos e uma proporção ainda menor do alto-mar. Ambientalistas querem que as áreas protegidas sejam estendidas a 30% dos oceanos até 2030”, explicou.

 

ClimaInfo, 11 de março de 2022.

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