“Cadê os Yanomami”: O que se sabe sobre o paradeiro de indígenas de comunidade incendiada

Cadê os Yanomami?
Redes Sociais/Reprodução

Segue envolto em mistério o sumiço da comunidade de Aracaçá, que abrigava cerca de 24 indígenas do Povo Yanomami e encontra-se rodeada por áreas de garimpo ilegal, no norte de Roraima. De acordo com a CNN, a previsão é de que a diligência de representantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal à Terra Indígena Yanomami ocorra no próximo dia 12/5. O grupo indígena sumiu depois que a aldeia foi incendiada. A autoria do incêndio não é conhecida.

Lideranças indígenas haviam relatado que, conforme Costume e Tradições, “após a morte de um ente querido, a comunidade em que [este] residia é queimada, e todos evacuam para outro local”. Uma jovem da comunidade, com 12 anos, teria sido estuprada e morta por garimpeiros, e uma criança de 3 anos teria caído no rio, segundo relato, apresentado em vídeo no último dia 25/4, pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekuraki. Ele informou, nesta semana, que indígenas da região de Waikás estão realizando buscas por terra e rio. O caso ganhou visibilidade nas redes sociais, por meio da campanha “Cadê os Yanomami”, que atingiu os trending topics do Twitter após ser encabeçada por famosos como o DJ Alok e o comediante Whindersson Nunes, entre outras celebridades e até mesmo políticos.

Folha e BBC atualizaram informações sobre o caso.

Nesta quinta (5/5), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) ingressou no Supremo Tribunal Federal com uma petição solicitando ações imediatas do governo federal contra o garimpo ilegal e a invasão de Terras Indígenas Yanomami e Munduruku. O corte da internet para dificultar o contato em áreas de garimpo, bem como a destruição de equipamentos estão entre as ações solicitadas na petição, de acordo com o Jota.

Já o blog de Lauro Jardim, n’O Globo, diz que a Polícia Federal teria admitido à OAB que atua com falta de estrutura e de pessoal para a segurança a territórios e lideranças indígenas. A declaração teria sido dada em resposta à cobrança por providências de garimpo ilegal e ameaças em Terra Indígena Xipaya, no Pará.

 

ClimaInfo, 6 de maio de 2022.

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