Quase 80 milhões de construções residenciais e comerciais nos Estados Unidos enfrentam algum risco de incêndio florestal nos próximos 30 anos. Essa projeção foi feita pela First Street Foundation, que lançou nesta semana o primeiro modelo de risco gratuito de incêndio florestal voltado para o mercado imobiliário norte-americano. A partir desse dado, estima-se que uma em cada quatro residências familiares dos EUA corre o risco de ser consumida por incêndios florestais até 2050, impactando um total de US$ 8,8 trilhões em valor de propriedades.
Nos últimos anos, os incêndios florestais tornaram-se um problema crônico nos EUA, especialmente no oeste e no sul do país. A junção de calor mais forte e persistente com ventos mais intensos e ar seco tornou muitas áreas naturais em um verdadeiro “barril de pólvora” nos meses mais quentes do ano. Os prejuízos causados por esses incêndios somente na última década superaram a casa das dezenas de bilhões de dólares.
O modelo considera vários fatores, incluindo a proximidade de combustíveis que contribuem para incêndios florestais – como arbustos, gramíneas e árvores – histórico climático, incêndios anteriores e alterações meteorológicas recentes (temperatura e precipitação). Ele se baseia em dados do Serviço Florestal dos EUA sobre o risco de incêndios florestais em nível comunitário, junto com dados imobiliários dos estados norte-americanos. No curto prazo, o modelo estimou que mais de 686 mil imóveis nos EUA poderão ser impactados pelo fogo neste ano.
Bloomberg, CNN, NY Times, Wall Street Journal e Washington Post, entre outros, repercutiram essa notícia.
Em tempo: Por falar em incêndios florestais nos EUA, o fogo que atinge o Novo México desde o mês passado já se consolidou como o maior episódio do tipo na história do estado. O foco de incêndio batizado de Hermits Peak Calf Canyon consumiu cerca de 121 mil hectares em três semanas, superando o total de área afetada pelo antigo recordista estadual, o incêndio de Whitewater Baldy, de 2012. De acordo com o governo do Novo México, pouco mais de ¼ da área afetada pelo incêndio atual já foi contida. CNN e Reuters deram mais informações.
ClimaInfo, 17 de maio de 2022.
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