Clima extremo: incêndios florestais se intensificam no Novo México

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Jim Weber/Santa Fe New Mexican via AP

Meteorologistas e autoridades no sul dos Estados Unidos alertaram para uma intensificação dos focos de incêndio por conta da temperatura alta e dos fortes ventos. O fogo atinge praticamente todos os condados do Novo México e partes do Colorado. De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, a situação pode avançar para um “evento climático de incêndio crítico perigoso, de longa duração e potencialmente histórico”.

O principal foco de incêndio, batizado de Hermits Peak, já perdura há mais de um mês. Ele já é o 2º maior incêndio registrado no estado na história recente, tendo consumido cerca de 68 mil hectares de vegetação.

O Novo México atravessou o final de semana em estado de alerta, com a governadora Michelle Lujan Grisham alertando que as condições podem se tornar ainda piores até amanhã (10/5) por conta do ar seco e das rajadas de vento que espalham os focos de incêndio e dificultam o trabalho dos brigadistas. “Peço a cada cidadão que faça tudo o que puder para evitar qualquer incidente adicional de incêndio, qualquer coisa que possa causar faísca”, pediu a governadora.

Na 5a feira passada (5/5), a Casa Branca decretou estado de emergência na área afetada pelo fogo no sul dos EUA. De acordo com as autoridades federais norte-americanas, o fogo já afetou uma área 78% acima da média observada na última década neste período do ano, o que evidencia como os incêndios florestais estão ocorrendo mais cedo do que o normal. O sudoeste do país está em alerta nível 4 (de 5) na escala de preparação nacional de incêndios desde 19 de abril, a data mais precoce em que isso aconteceu em mais de cinco décadas.

Associated Press, BBC, Bloomberg, Reuters, Washington Post e Wall Street Journal, entre outros, trouxeram mais informações sobre os incêndios no sul dos Estados Unidos.

Em tempo: Ainda sobre o calor nos EUA, as agências reguladoras do setor elétrico na Califórnia já estimam que o estado pode enfrentar déficit de energia nos próximos meses por conta da chegada do verão e da demanda esperada por energia para abastecer equipamentos de refrigeração e ar-condicionado. Segundo a Associated Press, estima-se que o mercado californiano terá 1,7 mil MW a menos de potência do que a necessária nos horários de maior demanda. Nos piores cenários, o déficit pode ser ainda maior, de até 5 mil MW. NY Times e Reuters também destacaram a notícia.

 

ClimaInfo, 9 de maio de 2022.

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