Greenwashing: executivo renuncia após operação policial no Deutsche Bank

Deutsche Bank greenwashing
Reuters

A ofensiva da justiça alemã contra o Deutsche Bank, que resultou em uma operação policial em sua sede em Frankfurt nesta 3a feira (31/5), deve causar novas dores-de-cabeça ao gigante do financeiro. O presidente-executivo da DWS, gestora de ativos da instituição, Asoka Wöhrmann, renunciou ao cargo depois da ação policial. Ele deve ser substituído pelo atual líder da área corporativa do Deutsche Bank, Stefan Hoops.

O banco alemão é investigado na Europa e nos Estados Unidos sob a acusação de omitir e distorcer informações importantes aos seus investidores e acionistas sobre as condições ESG de seus negócios e aplicações financeiras. No ano passado, a ex-diretora de sustentabilidade da DWS, Desiree Fixler, acusou o Deutsche Bank de divulgar informações enganosas em seu relatório anual.

“A controvérsia ilustra o caos que acontece quando política, negócios e gestão de fundos se chocam no disputado território dos investimentos ESG”, assinalou o Financial Times. “Para reguladores e centenas de agências de classificação que analisam ESG, a questão é de padronização”. Como destaca o jornal, o mundo das finanças sustentáveis não consegue mais conviver com a ambiguidade que tem marcado essa agenda até agora: com investidores, acionistas e o poder público mais interessados no tema, as empresas terão que “rebolar” para conseguir provar que as promessas verdes não são simples greenwashing.

Climate Home, Financial Times e O Globo, entre outros, repercutiram a notícia.

 

ClimaInfo, 2 de junho de 2022.

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