A eleição presidencial na Colômbia encerrada neste domingo quebrou diversos paradigmas de uma única vez. O candidato eleito, o economista Gustavo Petro, é o primeiro presidente de esquerda do país e ex-revolucionário na juventude; sua vice é a advogada Francia Márquez, primeira negra a ocupar o posto; e seu plano de governo é marcado fortemente pela transição energética e a Justiça Climática.
Petro tem especialização em meio ambiente e desenvolvimento populacional, enquanto Márquez é uma notória ativista ambiental e pelos direitos das minorias, vencedora do Prêmio Goldman em 2018 por sua atuação contra a mineração ilegal. A formação de ambos se traduz na proposta econômica para seu governo, como elenca o jornal El Tiempo, em que se destaca o abandono da dependência de combustíveis fósseis, com redução progressiva do modelo extrativista e sem novas permissões de exploração, e o investimento em renováveis – linha reforçada no discurso da vitória, como destaca El Colombiano.
Não é pouco. Míriam Leitão lembra em seu blog n’O Globo que a economia colombiana está crescendo, mas a taxa de desemprego é alta, assim como o percentual de pobreza, com impacto especialmente alto em populações negras, indígenas e rurais, como destaca The New York Times. Enquanto isso, a commodity responde por cerca de um terço das exportações do país, diz a agência France Presse, reproduzida no site da revista Exame.
ClimaInfo, 21 de junho de 2022.
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