Ativistas se colam a quadros em Londres para protestar contra inação climática

ativistas antipetróleo
James Manning/PA

Uma ação causou polêmica no Reino Unido na 2ª feira (4/7). Dois ativistas colaram suas mãos na moldura da pintura “The Hay Wain”, de John Constable, em exibição no National Gallery de Londres. O quadro foi coberto por uma tela que “relê” a pintura original, incluindo os impactos da exploração de petróleo e outros combustíveis fósseis no meio ambiente.

A intervenção foi feita pelo grupo Just Stop Oil, que vem promovendo ações similares nos últimos meses para pressionar o governo britânico a acabar com novas licenças de exploração de petróleo e gás. Ontem, outros ativistas repetiram o gesto na Royal Academy of Arts, ao colar suas mãos na moldura de uma cópia da “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci. Eles também picharam com spray na parede, abaixo do quadro, a frase “sem óleo novo”.

“Estou aqui porque nosso governo planeja licenciar 40 novos projetos de petróleo e gás no Reino Unido nos próximos anos”, justificou a ativista Hannah Hunt. “Isso os torna cúmplices em empurrar o mundo para um clima inabitável e na morte de bilhões de pessoas nas próximas décadas”. BBC, CNN Brasil, g1, Guardian e Independent repercutiram a ação.

Na semana passada, o mesmo grupo ganhou destaque ao protestar durante o Grande Prêmio do Reino Unido da Fórmula 1, em Silverstone. Os ativistas invadiram e sentaram na pista, bloqueando a passagem dos carros. Os pilotos Lewis Hamilton e Sebastian Vettel simpatizaram com a ação, apesar das críticas da direção da F1. “Essas pessoas não agem por frustração, mas estão desesperadas e eu simpatizo muito com seus medos e ansiedades, que acho que todos que entendem o tamanho do problema que está chegando até nós podem entender”, comentou Vettel. Daily Mail e Guardian destacaram o apoio dos pilotos da F1 aos protestos climáticos no Reino Unido.

 

ClimaInfo, 6 de julho de 2022.

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